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Kamila Pitombeira
10/06/2011
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A sustentabilidade do campo brasileiro é uma necessidade e cada vez mais as técnicas sustentáveis são difundidas e adotadas pelos produtores. Uma das práticas que vem sendo adotada por muitos produtores e que é responsável por reduzir os impactos ambientais e aumentar a produtividade é a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). O sistema exige alguns cuidados como o manejo do pasto, o que inclui a recuperação e a rotação adequadas. Esse é um dos temas do Fórum Contexto Ambiental & Agronegócio, organizado pelo Portal Dia de Campo, que acontece no dia 30 de junho, em Uberlândia, Minas Gerais. Segundo Ake Van Der Vinne, produtor rural em Maracaju (MS) e um dos pioneiros no sistema ILP, a recuperação de pastagens deve ser feita através do manejo correto de pastagem, o que inclui a boa adubação e a observação do pasto.
— Para manejar o gado corretamente é preciso fazer o pastejo rotacionado e nunca deixar o pasto abaixar demais, ou seja, retirar o gado com uma altura certa e colocá-lo novamente com essa altura. Deve-se também fazer uso de árvores — afirma o produtor.
Ele diz que, para realizar a rotação corretamente, é necessário ter, no mínimo, de três a quatro piquetes. Os piquetes são áreas específicas dentro do pasto determinadas pelo produtor para que o gado só se alimente naquela área. Com isso, o pasto descansa de 21 a 30 dias (dependendo da gramínea utilizada) e o produtor consegue ainda quebrar o ciclo do carrapato. Quando o animal tiver esgotado aquela área ele é conduzido para outro piquete. Depois, o pasto se recupera e volta a crescer, chegando ao seu tamanho ideal.
— Os tipos de pasto mais indicados são o aruana e o áries, pois são pastagens de alta produção e fáceis de manejar. A grande vantagem deles é o tempo uniforme de cura. Outro pasto indicado é panicum, pois tem boa qualidade e fertilidade. Já o capim tanzânia e mombaço são bons, mas entosseiram muito — orienta Van Der Vinne.
Ele explica também que a recuperação e a rotação de pastagem podem melhorar a produtividade. Segundo ele, se o produtor tem uma pastagem mal manejada e sem cobertura, a terra acaba ficando mais dura. Nesse caso, o produtor deve retirar a cobertura para fazer a dessecação e iniciar a lavoura.
— É importante o produtor saber também quanto gado cabe na área dele. Na integração, é comum ter pastagem de alta produção porque essa pastagem é recuperada através de lavoura, podendo caber então até seis cabeças por hectare. Mas é importante que o produtor coloque apenas a quantidade de cabeças certa para cada hectare. Do contrário, ele não obterá lucro, já que o gado não ganhará peso e o meio ambiente será agredido — explica.
O produtor afirma ainda que o custo de uma boa rotação e recuperação fica alto para o produtor se ele praticar apenas a pecuária. No sistema Integração Lavoura-Pecuária, de acordo com ele, o produtor recupera sua pastagem através de lavoura. Portanto, a lavoura paga a maior parte do custo.
Para mais informações sobre o evento, basta acessar o link http://www.diadecampo.com.br/forumsustentabilidade/.
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